Muito temos falado sobre os benefícios do exercício intervalado de alta intensidade.

Cientistas da Universidade McMaster, em Hamilton, Ontário, que já haviam conduzido muitos estudos nesse sentido, decidiram realizar um novo teste em atletas, desta vez com uma comparação cientificamente mais rigorosa.

Foram recrutados 25 homens jovens e fora de forma. Eles mediram as suas aptidões aeróbias e, como um marcador de saúde geral, a capacidade do seu corpo para usar a insulina adequadamente para regular os níveis de açúcar no sangue. Os cientistas também biopsiaram os músculos destes jovens para examinar o quão bem eles funcionavam em um nível celular.

Em seguida, os pesquisadores dividiram aleatoriamente os homens em três grupos.

  1. Grupo controle. Sem mudanças nos hábitos;
  2. Grupo treino de endurance –  andar a um ritmo moderado numa bicicleta ergométrica, no laboratório, durante 45 minutos, com um aquecimento de dois minutos e um Cool down de três minutos.
  3. Grupo HIIT – treinamento intervalado, usando o treino mais abreviado ainda para mostrar os benefícios.

Os grupos 2 e 3 completaram três sessões por semana, durante 12 semanas, um período de tempo que é cerca de duas vezes tão longo como na maioria dos estudos anteriores sobre o HIIT.

Quando os cientistas voltaram a testar a aptidão aeróbia dos homens, músculos e controle de açúcar no sangue, descobriram que os exercícios mostraram ganhos praticamente idênticos, seja nos que tinham completado os longos exercícios de resistência ou os intervalos curtos e cansativos.

Em ambos os grupos, a resistência aumentou em quase 20%, a resistência à insulina também melhorou significativamente. Houve também uma melhora intracelular devido ao aumento do número de mitocôndrias, levando a maior produção de energia dentro da célula.

O estudo nos mostrou que 10 minutos de HIIT traz tantos benefícios quanto 45 minutos de exercício de moderada intensidade.

Por isso, falta de tempo não pode ser mais desculpa.

Bibliografia

http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0154075